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CDL e Sincomércio defendem mudanças no decreto que restringiu funcionamento das empresas

21 de janeiro de 2021 às 15:31

Descrição: Braulio Rezende diz que lojas respeitam regras sanitárias e não contribuem para elevar propagação da Covid

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Nova Friburgo, Braulio Rezende, considerou produtiva a reunião realizada pela Frente Empresarial e de Classe (FEC) com o prefeito Johnny Maycon na última quarta-feira, 20. Ele relatou que os empresários manifestaram sua preocupação com o decreto municipal nº 879, de 18 de janeiro, que ampliou as restrições para funcionamento dos setores econômicos, e solicitaram revisão de algumas medidas, como proibição de abertura do comércio aos sábados e fechamento dos restaurantes na bandeira vermelha. De acordo com Braulio, o prefeito afirmou que o decreto deve sofrer alterações nas próximas semanas.

No encontro, Braulio Rezende ponderou que o comércio adquiriu experiência no enfrentamento à pandemia ao longo de 2020 e hoje se sente preparado para atender os clientes dentro das normas indicadas pelas autoridades sanitárias. Ele lembrou que, depois de meses com as portas cerradas, as lojas reabriram sem provocar aglomerações nem crescimento nos índices de contaminação no município no ano passado.

“Intensificamos a higienização dos ambientes, disponibilizamos álcool em gel para trabalhadores e clientes, seguimos a obrigatoriedade do uso de máscara, limitamos a entrada de consumidores nas lojas. Enfim, tomamos as providências necessárias e funcionamos durante muito tempo sem que houvesse explosão da doença em Nova Friburgo”, acentuou.

O presidente da CDL e do Sincomércio defendeu que a Prefeitura, com apoio do governo do Estado, aumente a quantidade de leitos no Hospital Raul Sertã, conforme ele conversou com o governador Cláudio Castro em sua visita à cidade no domingo, 10.

“Insistimos com o prefeito que essa iniciativa demanda urgência, como temos falado frequentemente. Levamos ainda o assunto ao governador, assinalando que, na falta do Hospital de Campanha, desmontado pelo Estado antes de ser inaugurado, melhorias na estrutura do hospital municipal permanecerão como legado da pandemia para a cidade”, acrescentou.

Braulio fez questão de ressaltar que o avanço nos casos de Covid-19 em janeiro já era esperado, em consequência às festas de fim de ano e ao período de férias, quando mais pessoas viajam e, em meio a atividades de lazer, se descuidam na prevenção.

“Médicos e especialistas haviam alertado sobre essa possibilidade, que infelizmente se tornou real. O que vivemos agora é resultado das comemorações de Natal e Ano Novo, das idas à praia, não da nossa rotina de trabalho”, argumentou.

Braulio pediu ao prefeito Johnny Maycon que reavalie a determinação de fechar o comércio nos sábados, dia de maior movimento de vendas. Ele destacou que o prejuízo será grande também para confecções de moda íntima, que recebem turistas nos fins de semana. Quanto aos restaurantes, autorizados a atuar somente em sistema de delivery na bandeira vermelha, o presidente da CDL e do Sincomércio comentou que os proprietários estão em desespero.

Na opinião de Braulio Rezende, neste momento de enormes dificuldades para o poder público e a população, são fundamentais o debate de ideias e o equilíbrio nas decisões.

“Precisamos buscar harmonia entre saúde e economia. Somos inteiramente solidários aos doentes e àqueles que perderam entes queridos, mas não podemos nos esquecer das empresas, que geram o sustento das famílias. Tememos falência generalizada e desemprego em massa, se as empresas forem impedidas de trabalhar”, concluiu.